O estúdio T-Minus Zero Entertainment, fundado em 2023 em Austin (EUA) pelo veterano Rich Vogel, ex-BioWare, encerrou suas atividades sem ter lançado sequer um jogo. A equipe, que reunia nomes de peso da indústria, contava com apoio da NetEase Games, mas não resistiu às atuais condições do mercado.
Vogel, conhecido por seu trabalho em MMOs históricos como Ultima Online, Star Wars Galaxies e Star Wars: The Old Republic, liderava um time formado por desenvolvedores experientes: Mark Tucker (Fallout 76, Doom), Scott Malone (The Elder Scrolls Online) e Jeff Dobson (Dragon Age: Inquisition, Mass Effect: Andromeda). A expectativa era alta para o projeto: um jogo de ação multiplayer original ambientado em um universo sci-fi.
Segundo Vogel, o grupo chegou a produzir uma demo jogável que despertou grande interesse, mas o título nunca entrou em produção completa. Em comunicado no LinkedIn, ele confirmou a decisão da NetEase de fechar o estúdio e agradeceu pelo apoio. A publisher, por sua vez, classificou a decisão como “difícil”, afirmando ter ficado impressionada com a visão da equipe, mas que não poderia arcar com os recursos necessários para levar o jogo adiante.
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A NetEase também prometeu auxiliar os funcionários durante a transição.
Um padrão de cortes no Ocidente
O fechamento da T-Minus Zero não é um caso isolado. A NetEase vem reduzindo esforços em estúdios ocidentais: nos últimos anos, encerrou iniciativas como Worlds Untold e Jar of Sparks, além de realizar cortes na equipe de Marvel Rivals, em Seattle. A gigante chinesa segue forte no mercado global, mas adota uma postura cada vez mais cautelosa em seus investimentos fora da Ásia.
A história também lembra a de Humanoid Origin, estúdio fundado por Casey Hudson, ex-gerente geral da BioWare. A empresa fechou em 2024 antes mesmo de lançar seu primeiro jogo, evidenciando como até equipes estreladas enfrentam dificuldades para sobreviver em um mercado em retração.
O que fica
Em sua despedida, Vogel elogiou os profissionais que trabalharam ao seu lado e incentivou outros estúdios a entrarem em contato com eles. Para os fãs, a frustração é clara: uma ideia promissora que nunca chegará às mãos do público. Para a indústria, mais um lembrete de que talento e experiência não são garantias de sobrevivência em tempos de incerteza.
Fonte: ComicBook
