Respira fundo, bebê. A 3ª temporada de Strange New Worlds acabou de jogar uma granada no colo dos fãs de Star Trek. O episódio final, New Life and New Civilisations, não só trouxe o maior desafio da Enterprise até agora (com direito a vilão cósmico mal-humorado), mas também reescreveu um dos maiores mistérios da franquia: como nasceu a amizade mais icônica da ficção científica, Kirk e Spock.
Sim, meu anjo. Aquela dupla que virou sinônimo de lealdade, banter nerd e xadrez 3D agora tem uma origem alternativa — e, claro, isso está deixando muita gente animada… e outros prontos para jogar a série no Sol de Vulcano.
1) O bromance que virou quase casamento Vulcano
Até então, a mitologia clássica deixava subentendido que Kirk e Spock se aproximaram aos poucos: missões, perigos, risadas, até surgir a amizade lendária.
Só que SNW resolveu acelerar a coisa toda: Spock sugere um mind meld (aquele truque psíquico Vulcano) com Kirk para sincronizar o disparo dos phasers entre a Enterprise e a Farragut.
— “Me paga um drink antes, né?”, solta Kirk, na maior marra.
— “É lógico”, responde Spock, provavelmente sem entender a piada.
Resultado: uma conexão imediata e íntima. E detalhe — mesmo depois da missão, os dois continuam ligados mentalmente. Ou seja, não é só “amizade rápida”, é tipo quando seu celular conecta no Wi-Fi da vizinha e nunca mais esquece a senha.
Conclusão: bromance histórico reescrito para “bond psíquico eterno”. Boa sorte pros roteiristas explicarem isso sem parecer fanfic.
2) Spock mentiu (e agora, bebê?)
Se você lembra do episódio clássico Dagger of the Mind (TOS), sabe que Spock afirmou nunca ter feito um mind meld com humano antes. O cara até tratava o negócio como tabu, íntimo demais pros padrões Vulcanos.
Pois é… só que SNW já mostrou ele fundindo mentes com La’an na treta contra os Gorn (1ª temporada) e agora com Kirk.
Tradução: Spock mentiu. Simples assim.
Dá pra passar pano? Talvez. Ele pode ter “omitido por motivos pessoais”, pode ter “minimizado a experiência” ou, quem sabe, quis proteger a privacidade dele e de Kirk. Mas canonicamente? Já era. O discurso em Dagger of the Mind virou papo de vendedor de enciclopédia.
3) O “primeiro meld” com Kirk não foi em TOS
Trekkies sempre acreditaram que a primeira fusão mental entre Kirk e Spock rolava no episódio Spectre of the Gun. Até novelização (Strangers from the Sky) reforçou isso.
Agora, SNW mostra que rolou anos antes.
E pra deixar a treta ainda mais apimentada: o episódio ainda adiciona um efeito novo, com Kirk e Spock falando juntos em uníssono. Não sei você, mas eu achei mais creepy do que fofo — tipo coral escolar de crianças possuídas.
E isso muda tudo. Porque agora, quando você reassiste as cenas clássicas — o xadrezzinho na Enterprise, ou o icônico “I have been and always shall be your friend” de Wrath of Khan — tem que lembrar que os dois carregavam um segredinho mental lá no fundo.
4) O impacto para a lore de Star Trek
Retcon não é novidade em Star Trek. A franquia já dançou várias vezes entre “respeitar canon” e “reinventar canon”. Mas mexer justamente em Kirk e Spock? Aí o buraco é mais embaixo.
É como se em Harry Potter revelassem que o Rony e o Harry já tinham dividido um feitiço de sangue secreto no 1º ano.
Os fãs estão divididos:
- Time “genial”: acha que SNW trouxe uma nova camada emocional, explicando por que a amizade deles sempre pareceu tão única e inabalável.
- Time “heresia”: acusa os roteiristas de fanservice barato, reescrevendo história só pra dar material de fanfic gratuita.
5) E o futuro?
Akiva Goldsman, showrunner de SNW, já falou sobre sonhar com uma série Star Trek: Year One, mostrando o primeiro ano de Kirk e Spock juntos na Enterprise. Se isso sair do papel, pode ser que a treta do mind meld ganhe mais contexto.
Essa matéria foi produzida pela equipe Interação Geek com base na matéria de: ComicBook
Leia mais: Battlefield: Entenda toda a saga; Da Segunda Guerra Mundial à Nova Geração