Constantine (2005): Por que a versão de Keanu Reeves ainda é um clássico cult?
Em 2005, Keanu Reeves estrelou Constantine, adaptação live-action do anti-herói ocultista da DC Comics, John Constantine. Apesar das diferenças em relação aos quadrinhos — onde o personagem é um britânico loiro e sarcástico —, a interpretação de Reeves conquistou legiões de fãs e solidificou o filme como um clássico cult, com uma sequência confirmada em desenvolvimento.
🔮 Keanu Reeves vs. John Constantine dos quadrinhos
O Constantine dos quadrinhos (Hellblazer, da Vertigo) é:
- Britânico (nascido em Liverpool), com visual inspirado em Sting.
- Cínico, punk e politizado, com traços de bandas como The Clash.
- Mestre da manipulação, usando magia de forma estratégica e não espetacular.
Já a versão de Reeves:
- Americano, ambientado em Los Angeles.
- Mais sombrio e físico (com cenas de ação inspiradas em The Matrix).
- Mantém o cinismo e o humor ácido, mas com um tom mais “noir”.
“Eu não sou inglês e não sou loiro, então tive que encontrar minha conexão com o personagem”, admitiu Reeves em entrevista.
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🎥 Por que o filme deu certo?
- Atuação carismática de Reeves – Seu Constantine é cínico, mas compassivo, capturando a essência do personagem.
- Estética visual única – O filme mistura horror, noir e ação, com sequências memoráveis (como o inferno em “slow motion”).
- Elenco de apoio – Rachel Weisz, Tilda Swinton (como o anjo andrógino Gabriel) e Peter Stormare (um Lúcifer icônico) elevam o tom sobrenatural.
- Trilha sonora atmosférica – Música industrial e eletrônica reforçam o clima sombrio.
O legado e a possível sequência
- Apesar da receita moderada (US$ 230 milhões), o filme virou cult com o tempo.
- Em 2022, Reeves e o diretor Francis Lawrence confirmaram que a sequência está em desenvolvimento, com roteiro de Akiva Goldsman.
- Enquanto isso, Matt Ryan interpretou uma versão mais fiel nos seriados Constantine (NBC) e Arrowverse (CW), mas Reeves segue como o favorito de muitos.
Adaptação infiel, mas eficaz
Constantine prova que mudanças radicais podem funcionar se preservarem o coração do personagem. Reeves não era o Constantine dos quadrinhos, mas criou um ícone próprio — e é por isso que, quase 20 anos depois, o filme ainda é celebrado.
Fonte: ComicBook