A cada novo rumor sobre o futuro de God of War, a comunidade gamer se mobiliza em especulações. Depois do impacto de Ragnarok, a teoria mais forte é a de que Kratos irá desembarcar no Egito, enfrentando deuses como Rá, Anúbis, Osíris e Sobek. O cenário parece pronto: pirâmides imponentes, o rio Nilo, e uma mitologia riquíssima, repleta de figuras já conhecidas pelo grande público.
Mas será que o caminho mais previsível é o melhor para a franquia? Para alguns fãs — e cada vez mais analistas — a resposta pode ser não.
O fascínio (e a previsibilidade) do Egito
Não há dúvidas de que o Egito tem apelo. Seu panteão é tão popular quanto o grego e o nórdico, e sua iconografia renderia batalhas épicas e um visual cinematográfico arrebatador. No entanto, essa escolha pode soar como um “checklist”: depois de dominar duas das maiores mitologias do mundo, Kratos simplesmente parte para a terceira mais óbvia.
A escolha agradaria ao público de imediato, mas talvez não surpreendesse — e surpreender sempre foi uma das maiores forças da franquia.
A aposta ousada: mitologia celta
Foi justamente o inesperado que fez o reboot nórdico funcionar tão bem. Quem poderia imaginar, em 2018, que o espartano sanguinário surgiria de barba, navegando entre os Nove Reinos e duelando contra Thor e Odin?
Para repetir essa reinvenção, o próximo passo pode estar em outra direção: a mitologia celta.
Em Ragnarok, a revelação de que Mimir também é Puck — um personagem do folclore celta e das fábulas feéricas — não parece acidental. É uma linha narrativa pronta para ser explorada. E, diferentemente do Egito, o imaginário celta ainda é pouco usado nos videogames, o que daria ao Santa Monica Studio mais liberdade criativa.
Imagine cenários de charnecas enevoadas, rituais druidas, florestas encantadas e deuses menos maniqueístas, com moralidades ambíguas que poderiam colocar Kratos diante de dilemas inéditos.
A chance de corrigir uma falha da franquia
Outro ponto a favor: o espaço para uma vilã de peso. A saga de Kratos sempre girou em torno de antagonistas masculinos, com poucas exceções temporárias, como Freya.
Na mitologia celta, existe a candidata perfeita para mudar isso: The Morrigan. Deusa da guerra, da morte e da soberania, ela é associada à profecia e à metamorfose. Poderia unir a brutalidade de Zeus e Thor com a astúcia de Odin — mas de uma forma ainda mais sombria e manipuladora.
Um enredo em que The Morrigan manipula o poderoso Dagda, levando Kratos a um confronto épico, só para revelar depois que tudo era parte de seu plano, daria ao jogo uma antagonista memorável e um arco dramático inédito.
O que está em jogo para a franquia
Santa Monica Studio reinventou God of War ao migrar da Grécia para o Norte. Agora, precisa provar que ainda pode surpreender. O Egito é seguro, grandioso, e sem dúvida renderia um espetáculo. Mas o Celta pode ser o salto criativo que mantém a franquia vibrante e imprevisível, como sempre foi sua marca registrada.
Enquanto nada é confirmado, o debate só cresce. Será que Kratos enfrentará os deuses do Nilo, ou caminhará pelas terras místicas dos druidas? O futuro ainda é incerto, mas uma coisa é clara: qualquer que seja o destino, a expectativa é imensa — e o desafio, igualmente grande.
Fonte: ComicBook
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