Se você acha que o Mjölnir é só um martelo pesado que o Thor gira pra sair voando, calma lá. Nos quadrinhos da Marvel, ele é quase um “teste de caráter portátil”. Levantar o martelo não depende de força, treino ou shape de asgardiano. Depende de ser digno — e isso muda tudo.
Criado em Journey into Mystery #83 (1962), o Mjölnir foi forjado em Uru, um dos metais mais resistentes do universo Marvel, no coração de uma estrela moribunda. Os responsáveis? Os ferreiros anões Brokkr e Sindri. Mas o detalhe mais importante veio depois: o encantamento de Odin.
A famosa regra é simples e brutal:
“Aquele que empunhar este martelo, se for digno, possuirá o poder de Thor.”
E digno aqui não significa ser perfeito. Significa ter coragem, altruísmo, senso de justiça e responsabilidade. Inclusive, o próprio Thor já foi considerado indigno em vários momentos. O martelo não passa pano nem pro dono.
Agora, vamos aos nomes que conseguiram o impossível.
5. Beta Ray Bill – O alienígena que chocou Asgard

Quando Beta Ray Bill apareceu em Thor #337, parecia só mais um vilão estranho. Até o momento em que ele simplesmente levantou o Mjölnir no meio da luta contra Thor. Silêncio geral. Odin incluso.
Bill era um alienígena que sacrificou tudo para salvar seu povo, os Korbinitas. Ao ver sua dignidade, Odin não só reconhece o feito como ainda forja uma arma própria para ele: o Rompe-Tormentas.
Recado da Marvel: dignidade não tem passaporte asgardiano.
4. Capitão América – Moral inabalável em forma de gente

Em Fear Itself #7, com Thor fora de combate e o mundo prestes a ir pro saco, Steve Rogers faz o que sabe fazer melhor: assume a responsabilidade.
Quando o Capitão América levanta o Mjölnir, não é surpresa. É confirmação. Coragem, humildade, liderança e moral absoluta. O martelo reconhece isso na hora.
É um daqueles momentos que deixam claro: ser digno não é sobre poder, é sobre caráter.
3. Jane Foster – Heroísmo mesmo quando custa tudo

Na fase escrita por Jason Aaron (2014), Thor perde sua dignidade. Quem o Mjölnir escolhe? Jane Foster, uma humana comum, lutando contra um câncer.
Toda vez que Jane empunha o martelo, ela se transforma na Deusa do Trovão — e perde os efeitos da quimioterapia, agravando a doença depois. Mesmo assim, ela nunca hesita.
Aqui o Mjölnir deixa claro seu critério: coragem não é ausência de medo, é agir apesar dele. Uma das histórias mais fortes da Marvel moderna.
2. Tempestade – A deusa do clima quase se torna deusa do trovão

Em X-Men: To Serve and Protect #3, Tempestade não levanta o Mjölnir sozinha, mas chega perto o suficiente para deixar claro que dignidade não é o problema.
Ela e Thor unem forças para destruir o Stormcaster, um martelo criado por Loki que começa a corrompê-la. A ligação de Tempestade com os elementos é tão profunda que ela se torna uma contraparte natural de Thor.
Se o martelo fosse só força bruta, ela levantava sem esforço.
1. Superman – O “e se” que virou lenda

No crossover Liga da Justiça/Vingadores (2003), acontece o impensável: Superman levanta o Mjölnir.
Tecnicamente, isso só acontece porque o cenário permite exceções. Mas simbolicamente, a mensagem é clara. O Superman representa exatamente aquilo que o martelo exige: justiça, altruísmo e responsabilidade absoluta.
A imagem dele segurando o Mjölnir e o escudo do Capitão América virou uma das cenas mais icônicas da história dos quadrinhos.
Via: ComicBook


