O mercado de esports brasileiro acordou diferente nesta terça-feira (9). Fluxo e W7M, duas das maiores organizações do país, anunciaram oficialmente a fusão total de suas operações, criando uma nova gigante chamada Fluxo W7M.
Na prática, é a união de engajamento + estrutura em um momento em que o mercado exige eficiência, escala e caixa bem gerido.
Por que essa fusão aconteceu agora?
O timing não é aleatório. Depois da explosão dos esports na pandemia, 2024 marcou uma queda nos investimentos globais, cortes de custos e saída de patrocinadores menores. O jogo mudou: quem não escala, morre.
A fusão permite:
- Redução de custos operacionais (estimada em 20%)
- Maior poder de barganha com patrocinadores
- Centralização de gestão e CTs em São Paulo
- Estrutura mais preparada para torneios internacionais
Ou seja: menos vaidade, mais negócio.
Como ficam as equipes e modalidades?
A nova Fluxo W7M já nasce com um dos portfólios mais completos do Brasil:
- League of Legends: foco total no CBLOL, mantendo a equipe mista da parceria anterior
- CS2 e Rainbow Six Siege: aproveitamento dos elencos campeões da antiga W7M
- Free Fire: base forte vinda do Fluxo, mirando a LBFF
- Kings League: Fluxo FC segue ativo
- EA FC: presença mantida
- Valorant: entrada planejada para 2026
Na prática, a organização passa a atuar como um grupo multijogos, semelhante ao modelo das grandes orgs globais.
O tamanho do monstro
Somando as duas marcas, a Fluxo W7M começa sua história com:
- Cerca de 10 milhões de seguidores nas redes
- Forte presença de creators e atletas
- Alto alcance orgânico (algo cada vez mais raro e valioso)
Os fundadores do Fluxo, Nobru e Cerol, seguem como sócios estratégicos, enquanto Felipe Funari, CEO da W7M, assume papel central na gestão executiva.
A lógica é clara: creators puxam audiência, a gestão segura o caixa.
O plano para 2026
A Fluxo W7M já deixou claro que a fusão não é defensiva — é ofensiva. Entre os planos estão:
- Dobrar investimento em infraestrutura
- Buscar vagas em torneios internacionais como o Six Invitational
- Criar academias de base para revelar talentos
- Expandir linhas femininas, especialmente no CS2
O objetivo é simples: parar de sobreviver e voltar a crescer.
Essa fusão mostra um movimento clássico de mercado:
Quando o dinheiro fica mais caro, quem se une vive — quem insiste em competir sozinho, quebra.
Fluxo e W7M entenderam isso antes de muita gente. A nova organização nasce menos “hype” e mais empresa, algo que o cenário brasileiro de esports sempre precisou.
Via: Ei Nerd


