Atenção: Spoilers PESADOS do Volume 2 da 5ª temporada de Stranger Things.
Se você ainda não assistiu, saia daqui agora. Volta depois. Sério.
Ainda aqui? Então bora lá.
O Volume 2 da 5ª temporada de Stranger Things finalmente respondeu perguntas que os fãs vinham fazendo há anos.
E os criadores da série, Matt e Ross Duffer, não economizaram nas revelações — algumas geniais, outras de partir o coração.
Em entrevista à Variety, eles detalharam a mitologia por trás do Mundo Invertido e prepararam o terreno pro grande final, que chega em 31 de dezembro.
Vamos aos spoilers.
O Mundo Invertido não é o que você pensa
Uma das maiores revelações da temporada: o Mundo Invertido não é uma dimensão própria.
É uma ponte. Um buraco de minhoca.
Como assim?
Segundo Dustin deduz nos episódios (e confirmado pelos Duffers), o verdadeiro mundo alienígena é chamado de “O Abismo” (ou Dimensão X, em rascunhos antigos).
O Abismo é aquele lugar desértico e vermelho pra onde Henry (Vecna) foi enviado por Eleven quando ela era criança.
E aqui vem o plot twist:
Foi Eleven quem criou o Mundo Invertido.
Quando ela fez contato remoto com o Abismo (naquela cena icônica do laboratório), ela inadvertidamente criou uma ponte entre os dois mundos.
E Henry (Vecna) usou essa ponte pra invadir Hawkins.
Ou seja: Eleven criou o problema sem querer. E agora precisa resolver.
É tipo quando você abre uma porta e percebe que deixou entrar um monstro.
Will finalmente se abre — e é devastador
O arco emocional de Will Byers atinge seu ápice nesse volume.
Ele finalmente se abre pra Joyce, Jonathan e os amigos sobre seu segredo — e não é uma cena de “anúncio” tradicional.
É uma cena de vulnerabilidade pura.
Will explica que Vecna explorava seu segredo pra isolá-lo — usando sua insegurança como arma.
A atuação de Noah Schnapp
Os Duffers revelaram que a cena foi escrita especificamente pro ator Noah Schnapp, que passou meses se preparando.
E segundo Matt Duffer:
“Não parecia que ele estava atuando. Noah se perdeu completamente naquela cena.”
A maior parte do que vimos foi o primeiro take.
Ou seja: foi tão intenso que praticamente não precisou de nova gravação.
Se você assistiu e não chorou, você não tem coração. Simples assim.
Eleven tem o DNA de Vecna — e isso muda tudo
Aqui vem o obstáculo trágico que vai definir o final.
Foi revelado que o Dr. Brenner injetou o sangue de Henry (One) nas mães das crianças do laboratório.
Ou seja: Eleven é uma réplica biológica de Vecna.
Por que isso é um problema?
Porque mesmo que eles vençam Vecna e salvem Hawkins, o sangue de Eleven continua sendo uma “arma” que o governo sempre vai tentar replicar.
Ela nunca vai ter uma vida normal.
O governo vai perseguir ela pra sempre.
Esse dilema vai ser o cerne do último episódio, intitulado “The Rightside Up” (O Lado Certo, em tradução livre — o oposto de “The Upside Down”, o Mundo Invertido).
A pergunta que fica: Como Eleven pode ter um final feliz se ela é, biologicamente, parte do problema?
Relacionamentos: separações e reencontros
O Volume 2 também resolveu (e quebrou) alguns relacionamentos.
Nancy e Jonathan: separados
O casal decidiu seguir caminhos separados.
Segundo os Duffers, apesar do amor compartilhado e do trauma que os une, ambos precisavam de independência pra crescer.
É aquele fim de relacionamento maduro — ninguém fez nada errado, mas às vezes não é o momento certo.
Steve e Dustin: amizade restaurada
A amizade entre Steve e Dustin foi restaurada depois que Steve arriscou a vida pra salvar Nancy.
Isso fez Dustin quebrar suas barreiras emocionais e admitir o medo de perder mais um amigo, como aconteceu com Eddie.
E tem mais: foi Steve quem bolou o plano final da equipe.
Sim, Steve — o cara que começou a série como o “namorado babaca” — virou o estrategista do grupo.
Crescimento de personagem é lindo.
O que esperar do final (31 de dezembro)?
Os Duffers prometem resolver o mistério da maleta prateada encontrada pelo jovem Henry em uma mina — aquele objeto misterioso que apareceu lá na 4ª temporada e ninguém sabia pra que servia.
Além disso, a mente de Max — que agora tá familiarizada com o terreno mental de Vecna (chamado de Camazotz) — vai ser crucial pra batalha final.
Max passou tempo dentro da mente de Vecna. Ela conhece o terreno. E isso pode ser a vantagem que o grupo precisa.
A pergunta que define tudo
Matt Duffer resumiu o dilema do final com uma pergunta:
“Como pode haver um final feliz aqui?”
E essa é a grande questão.
Porque Stranger Things sempre teve finais agridoces.
Sim, os heróis vencem. Mas sempre tem um preço.
Eddie morreu.
Bob morreu.
Barb morreu (nunca esqueçam Barb).
Max ficou em coma.
Will sofreu horrores.
Então, o que esperar do final?
Provavelmente:
Vecna será derrotado (óbvio)
Eleven vai sobreviver? (provável, mas…)
Ela vai ter uma vida normal? (improvável)
Alguém vai morrer? (quase certeza)
Hawkins vai ser destruída? (possível)
Os Duffers já disseram que o final vai ser satisfatório, mas não necessariamente feliz.
É tipo “eles salvaram o mundo, mas a que custo?”
Por que Stranger Things funciona tão bem?
Porque a série nunca teve medo de machucar seus personagens.
Stranger Things não é aquela série onde todo mundo sobrevive e tudo fica perfeito.
É uma série onde:
- Crianças morrem
- Relacionamentos acabam
- Trauma é real
- Heróis pagam preços altos
E é por isso que a gente se importa tanto.
Porque quando algo bom acontece, a gente comemora de verdade.
E quando algo ruim acontece, a gente sofre junto.
O legado de Stranger Things
Independente de como termine, Stranger Things já é uma das séries mais icônicas da última década.
Ela trouxe de volta a nostalgia dos anos 80.
Fez a galera redescobrir Kate Bush (“Running Up That Hill” bombou de novo).
Transformou crianças em estrelas globais.
Provou que a Netflix sabia fazer conteúdo original de qualidade (antes de… bom, deixa pra lá).
E agora, tá chegando ao fim.
Em 31 de dezembro, a história de Eleven, Mike, Dustin, Lucas, Max, Will, Joyce, Hopper e todo mundo que a gente ama (e alguns que a gente perdeu) vai acabar.
Vai ser emocionante.
Vai ser devastador.
Vai ser inesquecível.
Via: Ei Nerd


