Depois do sucesso gigantesco de Superman, James Gunn e Peter Safran finalmente podem respirar… pelo menos por alguns segundos. O filme abriu o novo Universo DC com uma recepção que a Warner não via há anos: crítica elogiando, público engajado e bilheteria forte mesmo com a fadiga de super-heróis lá fora. Mas junto dessa vitória veio a pergunta inevitável: será que Supergirl vai manter o ritmo?
Afinal, Clark Kent sempre foi um porto seguro. Já Kara Zor-El nunca teve o mesmo apelo popular. Em 2026, a DC precisava provar que o novo universo não depende apenas do “Homem de Aço” para funcionar.
E, pelo visto, o primeiro trailer de Supergirl mostra que o estúdio está no caminho certo.
Um trailer que mostra respeito ao material original
Depois de algumas prévias ao longo da semana, o DC Studios finalmente soltou o trailer completo de Supergirl. E a confirmação veio: o filme adapta diretamente Supergirl: Woman of Tomorrow, a série em quadrinhos de Tom King e Bilquis Evely que se tornou queridinha entre os fãs.
Visualmente, o filme parece puxar vários quadros diretamente dos quadrinhos, mantendo a estética detalhada e a jornada emocional pesada da personagem. No trailer, encontramos Kara (Milly Alcock) em uma fase nada heroica, tomando umas em um bar, antes de ser arrastada para uma missão de vingança espacial ao lado de Ruthye Marye Knoll (Eve Ridley). Essa dinâmica é o coração da HQ e está preservada aqui.
Mas, para encaixar Supergirl no novo DCU, o filme também faz ajustes importantes.
Entra em cena um dos personagens mais pedidos pelos fãs: Lobo
A maior mudança em relação aos quadrinhos é a presença de Lobo, vivido por Jason Momoa. E, sinceramente, era só questão de tempo: o ator sempre deixou claro que queria interpretar o maior motoqueiro espacial encrenqueiro dos quadrinhos.
No trailer, Momoa aparece rapidamente, mas o suficiente para mostrar que o visual é fiel: pele branca, couro, e aquela energia caótica que só o Lobo tem. A inclusão do personagem serve a dois propósitos: dar um papel perfeito para Momoa e reforçar que o novo DCU não será isolado — os filmes conversam entre si.
Um tom completamente diferente de Superman
O trailer deixa evidente que Supergirl e o primo não poderiam ser mais diferentes. Enquanto Superman apostou no otimismo clássico, Supergirl bebe de uma fonte mais crua. Kara é uma sobrevivente de Krypton que viu seu planeta morrer e não cresceu em uma fazenda cheia de amor e valores familiares. Ela deixa isso claro em uma das frases mais fortes da prévia:
“Ele vê o lado bom em todos. E eu vejo a verdade.”
O contraste funciona porque mostra ao público que o novo DCU não será um universo monocromático. Superman entrega a fantasia heroica tradicional. Supergirl puxa para um drama espacial com toques de western e vingança. A mensagem é clara: existem muitos tons possíveis dentro desse universo.
A estratégia da DC Studios
Colocar Supergirl logo depois de Superman é uma jogada calculada. Se o primeiro filme provou que o DCU sabe fazer o clássico, o segundo mostra que ele também sabe arriscar. É uma forma de comunicar que o público pode esperar variedade e criatividade, não apenas fórmulas recicladas.
E, pelo trailer, Supergirl parece estar exatamente nessa linha: respeita a HQ, expande o universo e cria sua própria identidade. Agora, resta saber se o público vai comprar essa nova fase.
Mas, se depender do primeiro impacto, 2026 promete ser um ano importante para a reconstrução da DC nos cinemas.
Via: ComicBook


