O DC Universe entrou em uma nova fase de sucesso após o impacto positivo de Superman, dirigido por James Gunn. O longa não apenas apresentou o Homem de Aço de David Corenswet, como também consolidou a base de uma nova era de adaptações da DC Comics nos cinemas. E, como era de se esperar, os fãs já estão especulando sobre o próximo passo: quando veremos o Superman lado a lado com Batman e Mulher-Maravilha, a lendária Trindade da DC?
Mas existe um detalhe curioso nessa equação. Enquanto o DC Studios ainda não definiu totalmente o futuro do Cavaleiro das Trevas dentro da linha principal do DCU, já temos um Batman ativo nos cinemas: o interpretado por Robert Pattinson, que continua sua jornada na saga comandada por Matt Reeves.
A visão de quem já trabalha no Superman
Em entrevista ao Screen Rant, o supervisor de efeitos visuais de Superman, Guy Williams, foi direto: ele acredita que é totalmente possível ver Pattinson e Corenswet compartilhando a tela.
“Eu diria que sim. Diretores são algumas das pessoas criativas mais incríveis do mundo. O trabalho deles é justamente pegar uma ideia que mal cabe na sua cabeça e transformá-la em uma história de duas horas que você pode assistir. Tenho certeza de que há diretores que saberiam como juntar os dois e fazer isso funcionar.”
Williams comparou a ideia ao que aconteceu em Rogue One: Uma História Star Wars, lembrando que, apesar de ser bem mais sombrio, o filme conseguiu coexistir perfeitamente dentro da saga original.
O dilema de James Gunn: dois Batmans ao mesmo tempo
Desde que assumiu a co-liderança da DC Studios, James Gunn deixou claro que o Batman de Pattinson vai continuar existindo em sua própria linha narrativa, dentro do selo Elseworlds — histórias que, assim como nos quadrinhos, não precisam seguir a cronologia principal.
Enquanto isso, Reeves segue firme no desenvolvimento de sua Batman Epic Crime Saga, que terá sequência em The Batman Part II, com estreia prevista para outubro de 2027.
Paralelamente, Gunn e companhia já trabalham em outro projeto: The Brave and the Bold, que apresentará um Bruce Wayne mais velho ao lado de seu filho Damian Wayne — um Batman bem diferente do de Pattinson. O filme, no entanto, só deve chegar aos cinemas a partir de 2028, já que Gunn não quer concorrência direta com a saga de Reeves.
O risco e a oportunidade
Ter dois Batmans em destaque ao mesmo tempo pode gerar confusão para o público casual, mas também representa uma chance única de explorar duas versões complementares do herói:
- O jovem detetive solitário de Reeves;
- O veterano líder da Bat-Família no DCU principal.
Ainda assim, a pressão é grande. Gunn sabe que precisa diferenciar The Brave and the Bold o suficiente para que a franquia não pareça uma cópia ou uma distração do Batman já estabelecido por Pattinson.
Pattinson no DCU: sonho ou possibilidade real?
Do ponto de vista logístico, muitos argumentam que seria mais fácil simplesmente integrar Pattinson ao DCU do que apresentar outro Batman no cinema tão cedo. Por outro lado, isso poderia gerar atrito com Reeves, que sempre defendeu a independência criativa de sua versão do personagem.
E como The Batman e The Penguin receberam aclamação de crítica e público, não faria sentido para a Warner e para a DC arriscar perder um cineasta que já provou ter uma visão sólida para o herói.
No fim das contas, a verdade é que o futuro do Batman no cinema segue em aberto. James Gunn ainda precisa resolver o quebra-cabeça, mas a simples possibilidade de um crossover entre Robert Pattinson e David Corenswet já é suficiente para agitar o fandom.
Fonte: ComicBook
